foram tão bem informados
e precoces em relação ao sexo. Nem por isso
estão
menos confusos sobre o assunto
Pedro Rubens![]() |
Os adolescentes de
hoje são a geração mais bem informada sobre sexo de todos os tempos. Eles têm
aulas de educação sexual na escola, lêem a respeito nas revistas, vêem os
reality shows da televisão e, se restar algum vestígio de dúvida, há
sites na internet que respondem a qualquer questão sobre o tema. Os jovens não
apenas sabem muito como não há amarras sociais nem familiares que
verdadeiramente os impeçam de passar da teoria à prática no momento escolhido
por eles próprios. Nada disso, vale dizer, impede que estejam confusos e
divididos sobre temas como virgindade, fidelidade, namoro e casamento. O
conhecimento também não é suficiente para evitar descuidos, como sexo sem
camisinha. Por ano, nasce 1 milhão de bebês de mães solteiras adolescentes no
Brasil. "O início da vida sexual é um processo extremamente complexo para
qualquer pessoa, de qualquer geração", diz Paulo Bloise, psiquiatra da
Universidade Federal de São Paulo, especialista em adolescência.
A persistência das
angústias em relação à vida amorosa, apesar do conhecimento e das liberdades
atuais, tem uma explicação óbvia. "Sexo não é só uma questão de informação, mas
também de maturidade", pondera o psicólogo Mauricio Torselli, do Instituto
Kaplan, centro de estudos da sexualidade em São Paulo. Esta é a primeira geração
que não conta com a orientação de um guia socialmente rígido para a sexualidade.
Pais e mães estão igualmente confusos, preocupados e tão carentes de parâmetros
quanto os próprios filhos. Muitos deles tentam estabelecer paralelo entre o que
está acontecendo e sua própria geração. Os dois momentos são diferentes. O
desejo de romper estruturas sociais esclerosadas fez da liberdade sexual uma das
bandeiras dos jovens nos anos 60 e 70. Quando chegou a vez deles, deram
liberdade aos filhos, mas não incluíram no pacote um modelo de comportamento
sexual. O que se observa na sexualidade da atual geração não tem nem vestígio
daquela energia rebelde e transformadora. O debate agora não é mais a presença
de limites e sim, eventualmente, a ausência deles.
A precocidade e a
ousadia dos primeiros relacionamentos são uma
característica de hoje. A idade da primeira vez das meninas é 15 anos, de acordo
com pesquisa da Unesco nas principais capitais do país. A dos meninos, 14. O
surpreendente é que muitos jovens que têm vida sexual ativa não começaram com um
namoro firme, mas com alguém com quem "ficava" – ou seja, com um quase
desconhecido. Ficar é o nome dado a sessões de beijos e abraços mais ousados. A
diferença entre essa relação e o namoro tradicional é que a primeira é
descompromissada e passageira. Uma menina que fica com um colega numa festa não
precisa tratá-lo como alguém especial ao vê-lo no colégio no dia seguinte. A
pressão sobre os adolescentes para que iniciem a vida sexual ativa deve fazer
com que os jovens se sintam num túnel de vento. Como tomar a decisão? A única
resposta é: pense bem se você está preparado e se é isso mesmo o que quer. "Um
risco é o jovem, de tanto ouvir falar de sexo, ter a falsa idéia de que crescer
significa ter quanto antes uma relação sexual", diz o psicólogo paulista Antonio
Carlos Egypto, do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual. Nesse
assunto, os pais podem ajudar bastante. Muitos deixam de perguntar sobre a vida
dos filhos quando eles chegam à adolescência. É um erro. Os especialistas
aconselham a continuar a falar sobre comportamento, expectativas e valores. Só é
preciso evitar pronunciamentos solenes. Adolescentes odeiam sermões –
especialmente sobre sexo.
Se é de menor, é pedofilia. atentado violento ao pudor ou aliciação de menores. O estatuto é claro e a lei deve ser cumprida. Mesmo que o parceiro seja de menor tbm, aí já esquenta pros pais. Menina de 13 já experiente não é muito raro, mas isso é por conta dos pedófilos, com maioria sendo da família da vítima.
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